segunda-feira, 6 de junho de 2011

FITA K7 MÃE DO MP3



Por décadas as fitas cassetes , hoje então substituídas pelo CD e MD (mini Disc), foram utilizadas para registro de áudio. Feita de um material magnético chamado dióxido de ferro soltava aquele pozinho amarelo que nos obrigava a sempre estar limpando com um cotonete a cabeça dos gravadores. Selecionei mais alguns modelos de marcas que foram mais utilizadas no mundo e até hoje conhecidas, Maxell, basf , Scoth entre outras.
AS FITINHAS ERAM ÓTIMAS

era mais eficiente do que qualquer carta de amor. Neurônios eram torrados, horas e horas eram gastas na busca pela seqüência perfeita. Entre os vidrados em música, gravar uma fita cassete personalizada era presente obrigatório para que um amor fosse conquistado, ou para que uma grande amizade fosse consolidada.
tem um site em inglês que relembra isso

http://www.cassettefrommyex.com/

colaborador : André Heiras
tonyduartebr@yahoo.com.br

Propaganda Antiga - Basf Fitas K7
Muito bacana a propaganda, a personagem vai comparando o produto relacionando seu custo / benefício. Nisto o som da voz vai oscilando. Muito legal, assinta.



" Fita cassete comum deixa a gente muito feliz, na hora da compra, é baratinha, a gente gasta pouco, mas, quando vai ouvir, a gente vê que é uma porcaria, que só jogou dinheiro fora. É a maior mancada. Por isso, em vez de uma fita comum, fique logo com uma 'hot tape' da Basf, a fita que esquenta qualquer som.

http://www.youtube.com/watch?v=IQn8IDhAUfc&feature=player_embedded

Nostalgia - Como era bom pegar discos emprestados e gravar fitas K7!
Nostalgia total agora. Como tô de molho me recuperando de uma cirurgia, fiquei pensando e me lembrando dos tempos de antigamente. Tempos sem Internet pra baixar os novos lançamentos; sem Youtube para escutar (e ver) bandas diferentes. E sem uma rádio rock (pelo menos aqui no Rio de Janeiro, durante bom tempo...) que nos trouxesse novidades.

Ora, os novos devem estar pensando: como nós, neandertais roqueiros, fazíamos para escutar novidades? Como escutávamos o que gostávamos? Os mais ricos (filhinhos de papai...) podiam até comprar todos os discos que queriam, mas os normais, os que eram adolescentes, os que tinham grana curta, estes não. Estes se concentravam em comprar apenas os discos de suas bandas favoritas. E poucas bandas favoritas: como a grana era muito curta (e os discos muito caros), éramos obrigados a ter umas três bandas favoritas no máximo.

Mas tem um problema: roqueiro é curioso, é investigador. Tem que conhecer mais bandas, escutar mais sons. É a essência básica de quem curte rock and roll. Hoje em dia é mole ser roqueiro, com tanto blog, podcast, torrent de música, vai no Youtube e vê trechos dos shows mais recentes de sua banda favorita. Lá atrás, começo dos anos 80, nada disso existia. Ou esperava algo surgir no rádio (a Fluminense FM fez bem seu papel aqui, para nós roqueiros cariocas) ou então recorria a um amigo. Roqueiro decente tinha que andar em bando, todo de preto, mal vestido, pra assustar mesmo. E era desse bando de amigos maltrapilhos, de amigos de escola, de amigos de onde quer que fossem, que surgiam nossas fontes para buscar nova informação musical. Era o famoso boca a boca. Era como as bandas começavam o seu sucesso - se o disco lançado tinha qualidade, ele corria de mão em mão, de repente todos queriam comprá-lo, e se transformava em um tremendo sucesso.

Quem leu o primeiro post deste blog (leia aqui) sabe que sou um colecionador: comecei cedo, e nunca mais parei. Mesmo com a grana curta, eu ia juntando o pouco que tinha para comprar os meus discos favoritos. E o colecionador roqueiro tem a curiosidade investigativa ampliada muitas vezes. Com grana curta, como fazer? Ora, para isso existiam as fitas K7. Fitas virgens prontas para gravar a música do seu artista favorito, vendidas a preços módicos para qualquer um (não lembra um pouco o CD virgem??). Você gravava o que queria nas fitas: programas de rádio, aquele disco favorito, uma seleção montada por você. Que tecnologia!! Pronto, agora você não precisava comprar todos os lançamentos, se concentrava apenas nas suas bandas favoritas e o restante você gravava nas fitas K7.
E essas fitas K7 rodavam por todos os amigos, para que todos conhecessem as bandas e seus discos. Claro. O roqueiro é evangelizador. Precisa angariar adeptos para nossa causa. Trazê-los para o lado negro da força. Todo roqueiro mais experiente já passou por isso: chega aquele moleque novinho, chatinho, te vê com uma camisa de banda mais famosa, e chega perguntando o óbvio: "Você curte a banda X?". Você respira fundo, responde a algumas obviedades e começa o processo de evangelização: "Bon Jovi?? Muito fofo. Eu só curto rock muito pesado. Já escutou Slayer?" (nesta conversa, você pode substituir as bandas e os adjetivos. Exemplo: substitua Bon Jovi por Restart, Slayer por Ratos de Porão. Ou, fofo por comercial, e pesado por alternativo). Ora, o moleque vai ficar atordoado com essa afirmação. Das duas uma: ou ele vai te pedir algo emprestado para ouvir, ou vai correr atrás.

E as performances ao vivo? Digo em vídeo. Os vídeos eram ainda mais raros por aqui, e esses mereciam autênticas sessões de cinema - um favorecido comprava o vídeo e chamava para a sessão, ou levava o vídeo para ser assistido na casa de alguém. Os mais antigos lembrarão de vídeos clássicos e onde os viram pela primeira vez: AC/DC - Let There Be Rock ("Deixa o Rock Rolar" por aqui), Led Zeppelin - The Song Remains The Same ("Rock é Rock Mesmo" por aqui). Estes ainda passaram em alguns cinemas. E os outros? Somente em sessões privadas. Na casa de algum amigo...

Algumas lojas especializadas aproveitavam a situação na época e do seu acesso a diversos títulos. Eles tinham um catálogo e copiavam tanto um disco quanto uma fita de vídeo por um preço salgado mas abaixo do original. Hoje você vai no camelódromo e compra toda a discografia de uma banda em um único CD de MP3. Melhor ainda, você baixa da Internet tudo isso. Mas ir na loja também tinha seu glamour: nunca se ia sozinho, tinha que ir com amigos, de preferência para fazer mais amigos. Os donos das lojas aqui do Rio são conhecidos dos roqueiros, porque sempre foram poucas lojas...

Toda essa nostalgia me relembra uma época especial, onde foram cultivadas amizades maravilhosas, reforçadas pelos laços roqueiros. Com os amigos mais chegados, emprestávamos 10, 20 discos por vez um pro outro (quem não lembra dos roqueiros andando pela rua com aquela vasta coleção de vinis debaixo do braço?). Muita banda que adoro hoje acabei conhecendo assim, pegando o disco emprestado. Tempos mágicos esses. Que não voltam mais.

Hoje em dia, as amizades são virtuais, com Orkut, Facebook e tantos outros. Não se empresta mais nada, mais fácil baixar direto - você só compartilha o link. Uma pena, esse contato, essa mágica de compartilhar o gosto musical com seus amigos, ali, ao vivo, na hora, era lindo.

Uma dica para os mais novos. Não falarei para abandonar redes sociais. Mas falarei para valorizarem o contato humano. Façam amigos pela rede social, mas marquem encontros com eles, saiam para se divertir, de preferência indo a um show de uma banda de rock. Saiam para tomar uma cerveja e discutir sobre os últimos lançamentos de suas bandas favoritas. E isso vale também para os mais velhos: reencontraram seus antigos amigos nas redes sociais? Socializem então com eles, relembrem dos bons tempos, comemorem o reencontro. Afinal, o ser humano é um ser social, não um ser virtual.
http://ripandohistoriarock.blogspot.com/2011/02/nostalgia-como-era-bom-pegar-discos.html


BIQUINI CAVADÃO EM FITA K7



Biquini Cavadão, A Era Da Incerteza, Fita K7



BIQUINI CAVADÃO - Zé - Fita K7 nova (lacrada)

BEM VINDO AO MUNDO ADULTO
BRINCANDO COM FOGO
CORREDOR X
TEORIA
SAMBA DE BRANCO
MEU REINO
NA MEMÓRIA
CERTAS PESSOAS
MEUS DOIS AMORES
DIRETO PRO INFERNO

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