segunda-feira, 22 de março de 2010

SHOW DO BIQUINI EM RIO PRETO





Eu sou do povo!
domingo, 21 de março de 2010
Ontem teve show (!!!!!!!) Do Biquini Cavadão aqui em Rio Preto em comemoração aos 158 anos da cidade.

( fotos: Alexandre Bernardo)






O Show foi gratuito e confesso que tive grandes surpresas neste show.

Sempre fui fã do grupo! Mas ontem fiquei mais fã ainda.

São raros os artista que mostram-se humanos no palco e que faz um show que contagia não apenas pelos sucessos que tem, mas também pela visivel conexão que tem com o público.

O Biquini é assim!

No meio do show, o vocalista chamou um cara que estava no meio do mar de gente para subir no palco.

Até ai, tudo bem.

Acontece que o cara - muito louco e figuraça por sinal - ficou no palco um tempão!!!!!!!!!!!!






Cantou, beijou a careca do guitarista, pulou, fez discurso, dançou, rebolou....







Foi sensacional isso!!!!

Isso mostra que há uma diálogo com o público, que espera isso de um artista, não apenas que ele suba ao palco, cante e vá embora.

Eu mesmo era fã do Benjor, mas abandonei a tietagem quando ví um show dele há alguns anos. Entrou, cantou - faz seu serviço - e foi embora. Assim.

Até comentei com o vocalista e o baterista no camarim que isso demonstrou uma proximidade incrível com a banda e público. Eles disseram que a proposta deles é essa, mesmo. ( Depois posto a foto)

Foi legal também saber que estavam presentes não apenas os filhos dos anos 80, mas sim a geração 90 e 2000.

Isso me deu esperanças de que o mundo artistico ainda está limpo de estrelismo e que música boa~é atemporal!!!!

Não é a toa que o grupo está comemorando 25 anos de carreira!

domingo, 21 de março de 2010

Acordar Pra Sempre Com Você Biquini Cavadão Composição: (lucas, coelho, bruno, miguel, alvaro)



Flores nascem e morrem no jardim
Assim o dia acaba em Noite
E o céu parece não ter fim
Estrelas sempre mudam de lugar
Fazendo curvas no destino
Aonde vai nos levar
Eu só queria
Acordar pra sempre com você
Até diria
Qualquer coisa pra te convencer
Que os dias passam
As pessoas mudam
Por que é tão difícil acreditar em nós
Quando estamos sós
A sua voz
Faz o meu tempo parar

PARABÉNS BC 25 ANOS





25 anos de Biquini Cavadão
Quando fizemos nossa primeira apresentação no Circo Voador com um repertório de apenas quatro músicas, não imaginava que vinte e cinco anos depois estaria ainda aqui tocando e cantando com esta banda de nome esquisito: Biquini Cavadão.
Naquela noite, o show Medidas de Impacto trazia atracões como a banda brasiliense Escola de Escândalos e o grupo Anjos e Arranjos. Acho que fomos a última banda a se apresentar. O dia não estava nascendo mas talvez esta já fosse nossa sina, fechar a noite. O nome do show era uma alusão a uma frase do recém eleito presidente Tancredo Neves. Ele que disse que tomaria as tais medidas de impacto assim que assumisse. Não assumiu e todos sabemos como terminou esta história. Outro texto interessante e que explica bem o porquê de celebrarmos nosso aniversário nesta data está aqui, escrito em 2000.
“Boa noite, nós somos o Biquini Cavadão e nossa primeira música é um Tédio!”. Subíamos ao palco com uma canção razoavelmente conhecida. Ela já estava tocando há quatro meses na Rádio Fluminense, berço das principais bandas do boom dos anos 80 e passaporte de muitos que ali tocaram para o primeiro contrato com uma gravadora.
Acontece que não tínhamos mais nenhuma música além dessa e, ao ser interrogado na gravadora por Marcelo Castelo Branco sobre o repertório, o jeito foi dizer que “tínhamos muitos projetos”! E com esta lorota, assinamos! Logo estávamos no estúdio em Janeiro de 85, em pleno Rock In Rio, gravando Tédio e um de nossos projectos: No Mundo da Lua, escolhida por nós como Lado B do compacto de vinil que nos lançaria pela PolyGram. Durante os meses seguintes, compusemos mais outras duas: TImidez e Inseguro de Vida. Ah, e tinha uma versão pornô de Tédio também, de fazer o MC Catra corar! A gravadora apostava suas fichas nesta versão mas não houve jeito de gravarmos. Como uma piada no meio do show, tudo bem. Lançá-la seria uma estupidez.
O show naquela noite assim - corrigindo - teve cinco músicas, e o tempo voou naquele palco. Quanto tempo mais teríamos além dos famosos 15 minutos de Andy Wharol? Poucos, acreditávamos. A banda mais longeva que eu conhecia eram os Rolling Stones e eles estavam comemorando uns 23 anos de carreira naquele ano de 85. O que pensar de nós? Com sorte, 23 meses! Não por menos, segui a faculdade por mais dois anos até perceber que conciliar a agenda e as matérias de engenharia era impossível, graças ao sucesso da banda.
Sempre comparo a vida e nossos objetivos como um barco no meio do mar: ou você rema para onde quer e enfrenta ondas e correntezas onde muitos naufragam, ou estende a vela e deixa os ventos soprarem para te levar aonde você nunca imaginou. Acho que apostamos no segundo caso em relação à banda. Vento ventania nos levou para muitos lugares incríveis, mas tivemos de saber quando e como remarmos para não ficarmos encalhados. Os anos passaram e por tudo também passamos. O Biquini teve momentos de pura explosão e sobreviveu também a longos períodos de ostracismo. Entretanto, de todas estas fases, eu tenho que dizer: estamos vivendo nossos melhores anos agora. Em nº de shows esta década reúne 6 anos entre nossas dez melhores marcas, contra 3 nos anos 90 e apenas um na década de 80. São shows por todo país, cobrindo praticamente todos os estados. Em cada lugar, uma nova descoberta nossa, uma renovação do público e um sucesso que, se não é visível nas telas de TV, pelo menos não sai da cabeça da galera. Sem puxar o saco de ninguém, sem ser queridinho, mas fazendo o que a gente gosta, só posso agradecer a todos que nos respeitam, que apostaram ontem, hoje e sempre, por nos manter nesta caminhada.
A Miguel, Coelho e Birita. É bom estar com vocês, 25 anos depois. Á nossa equipe, cada show é uma vitória que todos nós conquistamos. Aos fãs, obrigado por deixarem a gente fazer parte da trilha sonora de vocês!

Bruno Gouveia

QUE VENHAM MAIS 25 ANOS

BIQUINI EM SALVADOR 2008 * 2009 * 2010




2008 -CONCHA ACUSTICA


Salvador, a parede humana e um pedido…
sexta-feira, outubro 24th, 2008
Quinze anos depois de nossa última apresentação na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, estávamos de volta a Salvador para reencontrar um dos mais belos lugares para se dar um show no Brasil. A forma da concha, sua arquibancada íngreme, dá ao artista a sensação de que está sendo engolido pelo público que a lota e torna o show emocionante. É indescritível o que sentimos diante daquela parede humana. Nos últimos anos tocamos em diversos eventos em Salvador. Festivais, shows com outros artistas, ensaios de blocos, mas este show na concha, por ser do Biquíni, tinha um sabor especial para nós. O projeto MPB Petrobrás também ajudou tornando o ingresso barato. Moral da história, arquibancada lotada e um show que só não foi maior porque havia um horário que não podia ser ultrapassado. Quando deu nove e meia da noite, era imperativo terminarmos o show. Do contrário, o bis teria sido enooooorrme! O resultado deste show foi importante também no quesito “quero tocar no Festival de Verão”. Organizadores, produtores, muita gente estava presente e conferiu a força que o Biquini Cavadão tem hoje na Bahia. Lógico que uma forcinha do público, uma “press ão” no site do festival é sempre bem vinda. Faremos figa por aqui.
Mudando um pouco de assunto, gostaríamos de pedir algo aos fãs da banda. Manifestem-se. A sensação que temos muitas vezes é que os fãs do grupo são tímidos. Em votações, eleições de prêmios, mais pedida nas rádios, videoclipes, muito do que hoje existe para aferição do gosto popular, criado inclusive por rádios, programas de TV, canais musicais, muitas vezes o Biquíni nem consta como opção. Isto se deve a quê? A pouca manifestação dos fãs da banda. Claro que temos as exceções, os fãs que se mobilizam. Mas mesmo estes podem, além de votarem, conclamarem os outros fãs que estão quietos a fazerem o mesmo! É comum a gente ouvir de produtores, jornalistas, gente de radio, tv e internet uma expressão estupefata dizendo-nos “Não sabia que o Biquíni tinha esta força!”. De fato, não tem como saber, e nem saberão se não perceberem isto com os instrumentos que eles têm: as enquetes e votações! Portanto, querido fã, não deixe de votar, de participar, de fazer valer a sua vontade, ao invés de reclamar da vida, de se chatear com a ausência da banda nos programas que você gosta, na radio, na tv, não importa. Só quem sonha acordado vê o sol nascer!

ps: O mesmo vale para os que forem votar neste fim de semana no segundo turno. Participe e lute pelo que você acredita. E não deixe, depois de eleito o candidato, de cobrar - e muito! - todas as promessas que ele fez.
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2009 FESTIVAL DE VERÃO

O Festival do Verão
sábado, janeiro 31st, 2009
Em sua décima primeira edição, o Festival de Verão de Salvador já não precisa provar mais nada: é com certeza o maior do país e sinônimo da estação do ano mais concorrida do país. Fazer parte do seleto time que se apresenta a cada ano é um privilégio e tanto. Afinal, não importa o estilo: sertanejo, pagode, axé, forró, rock, mpb, todos tem vez! Se pensarmos que são vinte vagas apenas, a disputa é acirrada. Ser escolhido para abrir o Festival nos caiu como um grande presente e um enorme desafio. Eu e Coelho fomos antes. Passamos o dia anterior em divulgação pela cidade. O hotel, magnífico, ficava bem longe do centro, tornando cada saída para uma rádio ou programa uma longa viagem. Ao final do dia, estávamos exaustos e dormimos cedo. Nossa principal preocupação para o show foi, o tempo todo, frisar a todos os fãs que o show começaria pontualmente às oito da noite. Soube que o Los Hermanos tocaram cedo e, por conta dos enormes engarrafamentos para ir ao local, muita gente acabou perdendo o show deles ou apenas ouvindo pelo rádio do carro. Não queríamos isto para o nosso. Por isso mesmo, em cada programa, insistimos para que todos chegassem bem cedo.
A estratégia deu certo. O pátio não estava lotado mas a multidão que se aglomerava, por outro lado, era de fãs nossos. Por terem chegado mais cedo, se aglomeraram e fizeram um espetáculo à parte. Pensei depois, se tivésse tocado mais tarde, a galera da frente seria com certeza mais heterogênea. Às oito da noite, quem estava ali era 100% Biquini Cavadão!
Do outro lado, estávamos nós, tensos como principiantes. Isto porque até os últimos minutos antes de entrar no palco, não tínhamos certeza da possibilidade de usar as participações de Tico Santa Cruz e Claudia Leite no telão. O palco estava todo em 110 volts mas do lado de fora, era 220, e o nosso aparelho para disparar tudo estava justamente neste lugar, não havia um transformador que pudesse ser usado. Quem nos salvou foi Aloísio Legey, responsável por levar as imagens do festival para todo Brasil, que gentilmente chamou um técnico seu para nos salvar. Confesso que, mesmo assim, só respirei aliviado quando as duas participações aconteceram e entraram direitinho conosco. A de Claudia Leitte foi especial, pois ela teve seu filho Davi há pouquíssimos dias e foi ótimo dedicar a música ao mais novo membro da família. De certa forma, esta foi a maneira que Claudinha participou desta edição 2009, e ficamos felizes que tenha sido assim. Manno Góes, do Jammil, também fez uma participação em “Dani” (ele é co-autor da faixa conosco). Só que o Manno é o cara mais distraído do mundo e quando o chamamos, ele estava nos camarotes e correu meia música para poder participar da canção conosco. E lá foi o Coelho brincando com ele cantando “Dane-se o Manno, o Tuca e o Beto” hahahaha. Os fãs foram um capítulo à parte, com energia, emoção e aquele espírito “Biquini!” que só eles têm. Sair do palco aos gritos de “mais um, mais um” foi o melhor presente para uma estréia no festival. Resta agora ver se os organizadores entenderam que os pedidos de “mais um” não foram para “mais uma música”, e sim, para mais uma participação naquele que é hoje O FESTIVAL DO VERÃO.

2009.2 CAIS DOURADO

Eu Faço Cultura em Salvador e Maceió
sexta-feira, maio 1st, 2009
A Caixa Seguros criou um projeto muito especial: Eu Faço Cultura. Nele, pela primeira vez, a Lei de Incentivo À Cultura poderia ter deduções do Imposto de Renda de Pessoa Física. Os funcionários da Caixa investiriam em artistas, viabilizando shows para diversas cidades e tal como as empresas, poderiam abater este investimento de seu Imposto. No ano passado, isto tornou possível nossa ida a Bauru, Maringá, Porto Velho e Rio Branco. Neste ano, começamos com Salvador e Maceió. Como o projeto é auto-sustentável, a divulgação não é tão agressiva. Por outro lado, o show se torna bem mais intimista. Ainda assim, tivemos uma boa presença de fãs nas duas cidades. Muitos até souberam dos shows pelo próprio site do Biquini ou pela comunidade do Orkut. Viva a Internet!
Em Salvador, chegamos com comitê de recepção e tudo! Os Biquineiros nos aguardavam com muito carinho no aeroporto. Nós seguimos depois para o Hotel e tratei de descansar pois havia dormido muito pouco. O Cais Dourado foi o local. Muito aconchegante. Da última vez em que estivemos na cidade, foi no Festival de Verão. Ali, a festa foi para bem menos gente, mas com uma energia e astral de arrepiar. O show tem mudado a cada dia. Temos tocado várias músicas do 80 volume 2 e variamos conforme nossa vontade. Em No Mundo da Lua, chamei um cara para o palco. Mal sabia que já tinha chamado ele no Festival de Verão! Não costumo repetir os fãs que cantam. Acho que mais pessoas podem passar por esta experiência, mas eu realmente repeti o cara. É, minha memória está ficando complicada! Como costumo dizer, meu HD tá ficando cheio e acabo apagando algumas coisas sem querer. De todo modo, ele já sabendo o que fazer, comandou a galera com muita animação! Atendemos a todos nos camarins e segui para um bate papo com meu amigo Luisão ex-Penélope, agora Dois em Um, junto com sua mulher Fernanda. Foi uma ótima noite.
No dia seguinte era para tocarmos em Maceió no Pierre Chalita. Só que houve um mal entendido e o show teve que ser adiado para Domingo. Tivemos então um dia livre na cidade. Confesso que estava tão cansado que nada fiz. além de dormir e escrever no hotel, inclusive este post. que escrevo agora. No dia seguinte, a mesma coisa. Só saí do quarto às quatro da tarde. O show foi no mesmo lugar em que fizemos uma festa para a TV Record no ano passado. O palco baixo ajudava a nos aproximar ainda mais. Maceió mais uma vez nos deu mostra de seu carinho e é incrível como depois de passar vinte anos sem tocar na cidade, tenhamos voltado tantas vezes! Desta vez, o agradecimento vai principalmente para a galera da Caixa. Eles fazem cultura. Todos nós nesta noite fizemos história.
Valeu!

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2010 QUINTA DE CARNAVAL OUVINDO ROCK -BIQUINEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Chuva, suor e Salvador
domingo, março 7th, 2010
Viajamos dia 11 de Fevereiro para Salvador. Depois de recepcionados no aeroporto, fomos para o hotel Othon, onde nos apresentaríamos à noite no pré Carnaval baiano. Ruas interditadas, muitos blocos e trios elétricos prontos para atacar um dia antes do carnaval começar, assim é a Bahia. O dia inteiro, ficamos no hotel, até porque não teria como sair de lá sem um bom guia. Aproveitei para descansar bastante. Durante o dia todo, uma chuva ameaçava cair. Nuvens carregadas ladeavam a costa e o barulho dos trios elétricos batiam às portas e janelas de onde estava. Eram uma onze da noite quando nos reunimos no saguão do hotel e saímos para o local do show, a menos de cem metros dali. O vento aumentava e bastou chegarmos para atacar que a chuva chegou: forte, intensa, impiedosa. Uma turma de cinqüenta corajosos não arredava o pé de frente do palco e eles nos deram a força necessária para atacar. O palco estava coberto mas preferi cantar quase colado à grade, tomando chuva com todo mundo. Ao longo do show, tivemos convidados: Manno Góes tocou Dani conosco e arriscou um rebolation na guitarra, mas a galera vaiou e eu falei “de jeito algum” ;-). Em seguida, convidamos a cantora Jana Lima (cujo nome real é Janaína). Adivinhem que música ela cantou conosco? Bem conhecida na região de São Paulo, Jana soltou a voz na música. A chuva parou, voltou, foi um show complicado de se fazer, tecnicamente falando. Quando você canta em situações como esta, é como se a qualquer momento tudo pare de funcionar. Literalmente na corda bamba, ficamos felizes com o show, apesar de tantos problemas. Os fãs marcaram presença, superando dificuldades que incluíam inclusive o alto preço dos ingressos. Ao final, saímos a pé para pegar a van em direção ao aeroporto. Ela estava tão longe do hotel, que pareceu pra muita gente que estávamos seguindo o trio elétrico, que só não vai quem já morreu [:)]

ATÉ BREVE BC
A CASA É DE VCS!
VOLTEM SEMPREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

terça-feira, 16 de março de 2010

ENTREVISTA COM BRUNO GOUVEIA


"VIEMOS PARA FICAR"

Mario Marques e Ricardo Schott
Emo + anos 80, direto sem escalas? Nada disso. A parceria entre o Biquini Cavadão e Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, Acordar pra sempre com você, lançada em clipe no YouTube (mais de 20 mil acessos em menos de um mês) não conseguiu ficar com a cara da nova geração do rock nem mesmo com a gentil participação do cantor do grupo gaúcho. No máximo soa como uma boa renovação do som do próprio BC. Sinal de que a sonoridade oitentista, passados quase 30 anos dos primeiros hits da década, continua forte e permanece sendo a grande referência para novos artistas, que sonham em escrever letras, fazer boas canções e manter carreiras duradouras e empreendedoras como as das bandas da época. E como a do Biquini Cavadão, cujo vocalista, Bruno Gouveia, conversa com o LABORATÓRIO POP sobre a eternização do som oitentista.

O Biquini gravou com Claudia Leite e há uma parceria da banda com integrantes do Fresno, uma banda emo. Afinal, o rock continua errando? “Muito pelo contrário”, contesta Gouveia. “Chamamos a Claudinha para mostrar como uma das maiores cantoras de música baiana ama o rock brasileiro. Ela cresceu ouvindo rock, já cantou Led Zeppelin nos shows, fez dupla com o CPM 22 e cantou com o Biquini num dueto que me emocionou muito. Já a gravação com o Lucas surgiu da ideia de que podemos criar novas sonoridades que não sejam nem o som deles nem o nosso. Faz parte do Biquini arriscar, dar a cara a tapa. E em ambos os casos, para mim, acertamos. infelizmente este policiamento comprova que ainda estamos muito atrasados em relação a esse tipo de mistura, pois nos EUA posso, entre tantos exemplos, citar dois encontros que todo o mundo acharia impossível de acontecer e que viraram um mega hit, como o caso do Eddie Van Halen solando em um disco do Michael Jackson - e ter Beat it como um dos maiores sucessos da carreira do Michael - ou ainda o Run DMC com o Aerosmith em Walk this way".

Estamos em mais uma década e os anos 80 continuam sendo A referência. As festas dedicadas à década continuam, as músicas pernanecem tocando no rádio etc. O que você crê que leve à permanência da música desse período no imaginário das pessoas?
São várias coisas. Os anos 80 não se definiram só musicalmente. O jeito de se vestir, a forma de se dançar, tudo isto foi característico de uma geração. Foi a década que viu o despertar do computador pessoal, do CD, a explosão do videocassete. No Brasil, os 80 serviram como palco de uma grande mudança política e social. O rock entrou nessa como a melhor linguagem para quem esteve 20 anos calado. Já não era mais preciso escrever ideias nas entrelinhas. O discurso era franco, direto, ainda que tivesse que passar pela censura - mas passava. Existe também o fato de termos tido uma safra de compositores de primeira linha. Desde a década de 60 que não tínhamos uma corrente musical com tantos talentos. Finalmente, o rock foi música para as massas: do mais humilde ao mais abastado, todos ouviam as novas bandas. Rock tocava em AM! E as bandas se apresentavam por todo país, e não apenas nas capitais. Veio da década de 90, a década dos nichos, do individualismo, não havia um elo entre o pop do Skank e o som do Planet Hemp. O rock deixou de ser a boa da vez e os sertanejos assumiram junto com Collor. As gerações do rock continuaram a compor bem, mas amargaram alguns fracassos. A nova geração foi cobrada tal como Rubinho foi quando morreu Senna. Queriam um novo Cazuza, um novo Renato Russo e as bandas que vieram, se tiveram a vantagem de ter vendido milhões, graças ao Plano Real, agora dividiam este mérito com grupos de pagode, axé e duplas caipiras. Acho que quem viveu esta geração de 80, sem ter para onde ir, preferiu ouvir seus discos em casa. E, consequentemente, seus filhos cresceram ao som dessa música.

O rock nacional dos anos 90 enfraqueceu. Só Los Hermanos atraíram legiões de pessoas aos shows. O rock brasileiro nunca mais vai se renovar?
Discordo quando ao enfraquecimento dos 90. Tivemos Skank, Charlie Brown Jr., Rappa, gente talentosa! De fato, não foi como na nossa geração, mas em função de o foco ter mudado e uma renovação de público. Los Hermanos para mim já são do fim dos 90, quase século 21, que foi realmente quando eles estouraram e se tornaram um fenômeno. Quando ao futuro, o rock brasileiro irá se renovar quando as rádios pops do Brasil deixarem de só tocar black music, o que não acontece no resto do mundo inteiro. Aqui no Brasil, os diretores de rádio são DJs, e tocam nas rádios o que eles geralmente tocam nas pistas. Tem muita gente boa fazendo ótimos trabalhos nesta década. Verdadeiras agulhas de ouro naquele enorme palheiro chamado MySpace. Espero que eles apareçam.

Quando você começou, nos anos 80, sentia preconceito por parte de alguma banda da época? Como você via o Biquini num cenário dominado por bandas como Paralamas do Sucesso (com a qual se relacionavam) e Titãs? Era duro se sobressair naquele meio cheio de peixes grandes?
Quando começamos éramos novos, tínhamos 18 anos. Ao nosso lado, gente que já tinha ralado muito, ganhado experiência, cancha de palco, tudo aquilo que do dia para noite precisamos aprender. Éramos os caçulas, mas com o tempo conseguimos reverter isto. Mesmo assim, nossas músicas estavam sempre entre as mais pedidas das rádios. Viemos para ficar.

Tem alguma banda ou artista dos anos 80 que você fique especialmente feliz em ver as pessoas ouvindo ainda hoje? O que você crê que seja totalmente justo que tenha perdurado, em especial?
Acho que quem está aí sobreviveu ao darwinismo do music business. Não vejo alguém que "já deveria ter se aposentado" e fico feliz não pela existência até hoje de nenhuma banda especial , mas pelo que ainda são capazes de fazer.

O que mais você sente falta daqueles tempos dos anos 80?
Sinto falta de mais programas musicas na TV, que existiam pelo menos uns dois por canal, e também não vejo interesse por novidades como as pessoas tinham naquela época.

Qual a pior banda brasileira que você já ouviu na vida?
Não tenho uma pior banda, pois mesmo a mais fraca que talvez eu ache em algum momento, no dia seguinte pode estar bem melhor e depois estar pior e com isso dirijo meu caminho de uma maneira contrária, para que isso não aconteça com o Biquini.

Comparando com a música que vocês faziam nos anos 80, o que você acha que falta no rock e no pop nacionais feito hoje em dia?
Letras que sejam mais atemporais. Uma letra como Tédio ou Timidez ainda é cantada hoje sem nenhum cheiro de naftalina. As letras às vezes ficam presas a uma estética, gírias, expressões de uma década. Se eu ouvir "que broto legal, garota fenomenal, eu logo que entrei, um broto focalizei" (Broto legal, hit do "rei do rock" dos anos 50, Sérgio Murilo, conhecido de quem ouviu a trilha da novela Estúpido Cupido, de 1977) vou achar datado, certo? O mesmo ocorre com letras que usam palavras como "sinistro" "irado", "bisonho" "já era". Podem fazer sucesso agora, mas será que aguentam duas décadas? As nossas estão até hoje na boca da galera. Também sinto falta de poesia. Aliás, é difícil encontrar uma música que consiga unir letra, atitude e melodia. Muitas bandas tentam criar letras inspiradas em Marcelo Camelo, mas acabam se tornando caricatas. O maior letrista desta década que termina, quem diria, é dos 80: Nando Reis!

O que você mudaria da discografia do Biquíni? Quais os discos da banda que representam o pior momento e o melhor momento da carreira?
Olha, sinceramente não vejo um pior momento. Acho que como sempre, as fases em alta ou em baixa são um aprendizado para a gente. Tivemos um momento de baixa, quando lançamos o Agora (1995), pois acabávamos de vir de grandes hits como Vento ventania e Chove chuva. Mas isso serviu para saber quais são os caminhos que não devemos trilhar, e obviamente, isso trouxe mais o amadurecimento que talvez tenha nos faltado um pouco no início da carreira. Com esse aprendizado preparamos um grande show e fizemos um DVD ao vivo que é a prova disso a nossa vendagem - passamos de 100 mil DVDs e 75 mil CDs vendidos do Ao Vivo - Fortaleza, coisa que para o momento de hoje, nessa década, praticamente nenhum grupo de rock conseguiu esse feito.

Vocês hoje são banda de sucesso em regiões como o Nordeste, mas ninguém fica sabendo disso. Não era para ser diferente, com essa ferramentada toda da internet?
Existe uma ferramenta mais antiga e que ainda é fator de união deste país: a televisão. E o poder de fazer alguém aparecer num programa ainda está nas mãos de poucos. A internet no Brasil em geral trabalha comentando aquilo que vê, especialmente na televisão, e expande estes assuntos para notícias que voltam à TV num moto contínuo. Com certeza a ficha, para muita gente no Sul e Sudeste, ainda não caiu. Mas só assistindo a um show nosso para entender.

Por que o Biquini não pega no Rio, sua cidade de origem?
Discordo. O Biquini só no ano passado fez 14 shows no Grande Rio, incluindo lonas culturais, Canecão, Circo Voador, etc. Se "pegar" é tocar em barzinho da Zona Sul, não é essa a nossa praia. Só nessa turnê tocamos em 22 estados e com isso, tocamos no Rio, São Paulo e outras capitais do Sul do país, sempre com ótimos resultados. Claro que não somos uma banda "emo" da vez e não temos as 50 mil menininhas de 12 e 13 anos de idade ligando o dia inteiro para as rádios. Mas quem vai aos nossos shows sabe que o Biquini vai bem, obrigado.

Vocês foram acusados de plágio por Alvaro Pereira Jr, que defendeu a tese baseado numa levada e não no conjunto de compassos. Por que não o processou?
Ele morava em São Francisco, EUA, na época. Ia sair caro, demorado, e, se ganhasse, serviria pra quê? Pelo que me consta o Alvaro Pereira não sabe tocar nenhum instrumento e não é também um produtor musical. É apenas um jornalista que fala do que não conhece. O direito de resposta que conseguimos na Folha de S. Paulo serviu para ele entender com quem estava falando. Aliás, nunca mais mencionou nosso nome, o que agradeço.

E como rebate as críticas dos repórteres indies que hoje dominam o Brasil?
Não leio. E, quando acontece de esbarrar num artigo, desisto no primeiro "naum" que aparece. Acho interessante que a revolução digital num primeiro estágio banaliza profissões. Foi assim na década de 90 com o desenho industrial. Qualquer um que tivesse Corel em casa se achava "o" criador de logotipos! Os blogs transformaram qualquer idiota em jornalista, qualquer caolho com uma câmera de 3 megapixels se achava o J.R. Duran. E o que dizer então de quem tem um estudiozinho de gravação de áudio ou mesmo uma mini-ilha de edição de vídeo? Ainda vamos partir para o segundo estágio, quando veremos que toda modernidade esbarra em uma capacitação profissional. Não que não existam bons caras autodidatas, mas eles são exceção à regra. A Internet pode funcionar bem como celeiro de talentos.

Sexta, 14/08/2009 - 11h13 - Atualizado Sábado, 13/02/2010 - 10h59


O “Biquini Cavadão” é formado por quatro integrantes. Três integrantes da banda – Bruno Gouveia (vocalista), Miguel Cunha (teclados) e Carlos Coelho (Guitarras) receberam a equipe do Click Foz do Iguaçu para falar dos quase 25 anos de sucesso do grupo, as novidades para os próximos meses e o carinho pela cidade e pelo público de Foz do Iguaçu. Confira a entrevista!


Clickfoz: Vocês citam repetidas vezes a influência do grupo “Os Paralamas do Sucesso” no trabalho do “Biquini Cavadão”. Em quais pontos o Biquini se aproxima ou se distancia de Hebert Vianna e sua turma?
Coelho: Quando você é músico é impossível não ser influenciado por uma banda ou um artista. Ao longo da nossa carreira fomos e ainda somos influenciados pelos “Paralamas”. Claro que volta e meia aparecem artistas novos que também nos influenciam, mas eles são especiais (o nome da banda foi dado pelo Herbert Viana, vocalista dos Paralamas). Temos admiração e respeito enorme por eles e pela maneira como conduzem a carreira.
Miguel: A forma como eles conduzem a carreira deles é um dos pontos principais da nossa admiração. Às vezes quando ficamos com uma dúvida nos perguntamos “o que ‘Os Paralamas’ fariam nessa situação?”. É muito mais do que uma questão de estilo musical, até porque musicalmente temos um caminho próximo, mas não igual. Quanto ao Herbert é uma pessoa que sempre foi próxima. Além de ter batizado a banda, participou de várias gravações de músicas nossas. Admiramos a banda e as pessoas que compõem o grupo. Se você pensar nos últimos 25 anos é impossível não ser influenciado por algum trabalho que o Herbert tenha feito; ele tem uma importância incrível como compositor e como artista.

ClickFoz: O cenário musical brasileiro, especialmente nos últimos 10 anos, é taxado por leigos e até por artistas de renome como adormecido e pobre em termos de qualidade das canções e de criatividade. Como vocês avaliam?
Bruno: Não faltam bons artistas, bons compositores. O que acontece é que a chance dessas pessoas aparecerem para a grande mídia é pequena. A Internet criou um paradoxo muito grande - nunca teve tantos artistas e tantas composições, mas isso cai dentro de um funil gigantesco no qual muitas vezes o que diferencia a entrada de um ou outro artista não é a qualidade. Às vezes entra aquele artista engraçado ou filho de alguém ou uma pessoa metida em algum escândalo. Mas eu sou muito otimista, pois tem muita coisa boa. Eu recebo muitos CDs quando eu viajo. Claro que a maioria é de pessoas que estão ‘verdes’ para mostrar o seu trabalho, mas existem trabalhos que estão prontos e deveriam estar tocando.

ClickFoz: Vocês são pioneiros em explorar as potencialidades da web como ferramenta de divulgação e interação com o público. Em 1998, quando a importância da Internet ainda era discutida, vocês já ousaram lançar um projeto integrado a esse meio (álbum biquini.com.br). Como surgiu a ideia de partir para o mundo virtual e como foi o retorno?
Bruno: Em 1995 não se sabia muito bem o que era a Internet e o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, convidou algumas pessoas com a seguinte proposta: “o que vocês fariam com uma ferramenta de porte chamada Internet?”. Chamaram o “Biquini”, o Marcelo Madureira (humorista do Casseta e Planeta) e um artista plástico. De cara a gente viu que seria uma forma rápida de falar diretamente às pessoas que tínhamos interesse. O primeiro e-mail de uma banda do Brasil foi o do Biquini Cavadão e mal a gente anunciou isso no Jornal já recebemos um e-mail de um brasileiro que vivia no Japão falando que agora ele poderia acompanhar nossa carreira. Procuramos continuar sendo pioneiros em muitas coisas. Em 1998 fizemos o disco “biquini.com.br” que continha um kit dentro do próprio CD para ensinar as pessoas a usarem a Internet. No disco seguinte fizemos parceria coma Apple e transmitimos imagens das nossas gravações em tempo real. As pessoas acessavam e viam o que estávamos fazendo. Hoje, com a web 2.0, as pessoas vão aos shows do Biquini tiram fotos, fazem vídeos e postam isso, além dos comentários. É muito bom!
Miguel: Antigamente recebíamos a informação de forma passiva (rádio, TV, jornal) e era aquela para todo mundo. Se você quisesse pesquisar mais era difícil. Hoje você entra na Internet e vai atrás do que quer, filtrando e confrontando as informações com diferentes fontes. O difícil hoje é atrair a atenção das pessoas para aquilo que você está querendo mostrar. Você tem que criar a curiosidade das pessoas virem até você. Esse é o desafio!

ClickFoz: O grupo está na estrada há 24 anos, mantendo os fãs do começo de carreira e conquistando novos a cada álbum lançado. Qual o segredo para “se modernizar” constantemente sem perder a identidade?
Coelho: A reciclagem é importante para qualquer profissão. Você tem que saber falar com seu público. Às vezes os pais levam os filhos ao show outras os filhos levam os pais aos shows surgindo comentários como “essa música eu cantava na minha adolescência”. A gente tem a preocupação de modernizar a sonoridade. Sempre estamos antenados com o que está tocando, ouvindo músicas e incorporando isso ao nosso trabalho. Claro que não pretendemos mudar de estilo só porque está tocando determinado estilo, mas procuramos incorporar certos elementos ao que estamos fazendo, incorporando sonoridades, trazendo pessoas novas que agreguem coisas novas na produção dos nossos discos.
Bruno: As pessoas nós perguntam muito “como que conseguimos falar para duas gerações tão diferentes”. Primeiro quando você tem energia e demonstra essa energia no palco ninguém quer saber a sua idade. O Bono (U2) tem mais de 50 anos e arrebenta. Mick Jagger então nem se fala. Você não pensa na idade desses caras, você só vê um cara que tem energia. Por isso nossa preocupação é fazer sempre um show muito pra cima. Não gostamos de fazer show onde as pessoas ficam simplesmente olhando. O público faz parte do nosso show, isso é fundamental. E quanto mais a gente consegue integrar o público, mais eles se sentem parte da banda. Talvez seja por isso que algumas pessoas que nem davam importância à banda depois de assistir um show passam a curtir nosso trabalho.

Clickfoz: Vocês arriscam definir o perfil do público do Biquini?
Bruno: Dos 8 aos 80 anos (risos). Existe uma geração que viu o Biquini nascer, outra que nasceu ouvindo Biquini graças aos pais, pois isso que nos shows agradecemos aos pais, tios, irmãos e primos mais velhos que apresentaram nossas canções a esse público mais novo. O Biquini foi feliz em escrever músicas abordando a adolescência sem se tornar ingênuo, sem ser uma coisa infantil. Por exemplo, a música “Timidez” foi cantada em 1986 e ainda hoje encontramos uma menina de 14 anos que falam que é a música favorita dela. Agora brincamos que o nosso foco serão os netos (risos).

ClickFoz: O projeto BIQUÍNI CAVADÃO - DVD 80 VOL 2 é uma releitura do rock brasileiro, misturando o estilo do Biquini com o “sabor” dos convidados. Como foi a seleção das canções e, principalmente, dos artistas convidados?
Bruno: Nesse disco tentamos reunir as melhores interpretações que poderíamos dar para cada artista. Primeiro fizemos uma lista de artistas e depois uma lista de música. O álbum não resume tudo o que gostamos da década de 80. Tem muita coisa boa que ficou de fora que dava para fazer o volume 3 e 4 tranquilamente (risos). Se iremos fazer um dia, não sei. Talvez um desafio melhor seja fazer um volume da década de 90. Mas esses são projetos paralelos. O projeto real do biquíni continua sendo nossas canções autorais.

ClickFoz: A mistura com artistas “do sertanejo e até do axé” deu muito certo. Parcerias como essas devem se repetir?
Bruno: Tocar com outros artistas para nós é algo muito natural. A Claudia Leite, por exemplo, é muito roqueira e já gravou inclusive com o CPM 22 e tocava Led Zeppelin no show dela. Quando a chamamos para participar ela adorou a ideia. Ela foi na gravação, com uma barriga de cinco meses, depois de um ensaio de não sei quantas horas e colocou a voz lindamente com o maior carinho. Com esse trabalho ícones da música sertaneja e do axé prestaram referência a um estilo que não é mais o grande filão do mercado - hoje o rock é uma fatia menor desse bolo. O que a gente quis mostrar no DVD 80 – Volume 2 é que essas pessoas cresceram ouvindo rock e prestaram reverência nesse disco ao rock brasileiro junto com o Biquíni.

ClickFoz – Há algum projeto no “forno”?
Bruno: Estamos preparando um trabalho novo. A questão que estamos discutindo é se será feito o lançamento de um disco. Com a web 2.0, “disco” talvez seja apenas mais um formato. Mas enquanto decidimos isso estamos preparando uma nova canção que nos próximos meses deve estar estourando por aí. É uma musica do Biquíni em parceria com o Lucas (do grupo Fresno), ele inclusive canta com a gente. Ficou muito legal. Não ficou nem a cara do Fresno e o pessoal que está acostumado a ouvir Biquini também levará um susto. É uma sonoridade completamente híbrida.

ClickFoz: Qual a canção que tem mais a cara do Biquini (independente do sucesso)?
Bruno: Tenho um carinho grande por “Timidez”. Porque na época eu realmente tinha 16 anos e todas as meninas que eu gostava queriam os caras que tinham 20 anos (risos).
Miguel: Cada momento a gente tem um carinho especial por uma música. São várias músicas que eu gosto, músicas inclusive que não ficaram conhecidas do grande público. Eu gosto de uma chamada “Limites”, de outra chamada “Joelhos” e “Campo de Centeio” (música que chegou a ser gravada, mas nunca entrou no disco).

ClickFoz: Vocês sempre demonstram muito carinho com Foz do Iguaçu. Com tantas apresentações aqui são praticamente de “casa”. Como é a receptividade do público da cidade?
Miguel: O que muda basicamente de um show para o outro é o público. O fato de virmos com freqüência em Foz do Iguaçu mostra essa interação e esse carinho do público daqui com nós. É um público que nos recebe super bem, um público super animado. É legal andar pela rua e as pessoas falarem “que legal o show” ou perguntarem “o que vocês vão tocar no show dessa vez?”. Essa interação é muito legal. Pra nós voltar a Foz do Iguaçu é bacana, pois é um público que nos recebe sempre muito bem.

Algumas músicas de sucesso do Biquini Cavadão