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Para começar, como foi esse clipe com o Biquini Cavadão?
Lucas - Na verdade, começou gravando uma música. O Coelho, que compõe várias músicas com eles, que é o guitarrista, me chamou. A gente se conheceu em festivais e aí ele me ligou um dia e falou 'pô, vamos fazer uma música, eu gosto do jeito que você escreve'. Aí, a gente se reuniu uma vez na minha casa e saiu essa música, assim bem rápido. A gente ficou até um tempo sem se falar, aí ele disse que tinha gravado e me chamou para gravar a voz também. Eu disse 'Claro! Adoraria inclusive'. Porque afinal de contas o Biquíni Cavadão faz parte de uma época com a qual a gente não tem contato, a gente não é amigo dos Engenheiros, dos remanescentes do Legião Urbana... São bandas que a gente não tem uma relação próxima, sabe? Paralamas e tal... Porque a gente acaba não cruzando muito na estrada.
Então, para mim, foi uma copisa incrível, uma banda dessa época que ainda está na ativa e faz sucesso perceber alguma coisa na gente e querer fazer uma música junto. A gente fez e daí saiu o clipe que fiz com eles e foi dirigido pelo próprio Coelho. Está sendo bem massa a recepção, bem polêmica, mas uma polêmica boa, sabe? As pessoas não conseguem conceber as duas coisas juntas. Na verdade, o roqueiro não envelhece, né? Conheço cara de 65 anos que é mais roqueiro que a gente. Então, não existe aquela coisa do cara velhão que veio falar comigo, a gente sai junto, bebe, faz festa, faz um som... Isso é meio para mostrar que não existe muita barreira entre as bandas.
E vocês pensam em outras parcerias desse tipo, seja na Fresno ou em seus projetos paralelos?
Tavares - Cara, eu acho o negócio da parceria muito legal, sempre. E tanto a gente procurando alguém como alguém procurando a gente... Estamos sempre dispostos a fazer isso e é uma coisa que engrandece o cara como profissional. O Lucas já tem coisa gravada com Chitãozinho e Xororó, fez a música com o Biquini Cavadão, enfim, saca? Acho que a gente trabalha para isso, gosta de fazer isso e é uma honra para o cara. Eu me lembro de ver o Biquini Cavadão tocando para 50 mil pessoas quando eu tinha 10 anos de idade. E hoje os caras estão gravando. É uma proximidade que eu não esperava, então, quanto mais trabalho para a gente, melhor. Eu fiz música pro Gloria, estou com uma parceria agora com o Nenhum de Nós, a gente não para e não quer parar. É o que a gente gosta de fazer.
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