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2008 -CONCHA ACUSTICA
Salvador, a parede humana e um pedido…
sexta-feira, outubro 24th, 2008
Quinze anos depois de nossa última apresentação na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, estávamos de volta a Salvador para reencontrar um dos mais belos lugares para se dar um show no Brasil. A forma da concha, sua arquibancada íngreme, dá ao artista a sensação de que está sendo engolido pelo público que a lota e torna o show emocionante. É indescritível o que sentimos diante daquela parede humana. Nos últimos anos tocamos em diversos eventos em Salvador. Festivais, shows com outros artistas, ensaios de blocos, mas este show na concha, por ser do Biquíni, tinha um sabor especial para nós. O projeto MPB Petrobrás também ajudou tornando o ingresso barato. Moral da história, arquibancada lotada e um show que só não foi maior porque havia um horário que não podia ser ultrapassado. Quando deu nove e meia da noite, era imperativo terminarmos o show. Do contrário, o bis teria sido enooooorrme! O resultado deste show foi importante também no quesito “quero tocar no Festival de Verão”. Organizadores, produtores, muita gente estava presente e conferiu a força que o Biquini Cavadão tem hoje na Bahia. Lógico que uma forcinha do público, uma “press ão” no site do festival é sempre bem vinda. Faremos figa por aqui.
Mudando um pouco de assunto, gostaríamos de pedir algo aos fãs da banda. Manifestem-se. A sensação que temos muitas vezes é que os fãs do grupo são tímidos. Em votações, eleições de prêmios, mais pedida nas rádios, videoclipes, muito do que hoje existe para aferição do gosto popular, criado inclusive por rádios, programas de TV, canais musicais, muitas vezes o Biquíni nem consta como opção. Isto se deve a quê? A pouca manifestação dos fãs da banda. Claro que temos as exceções, os fãs que se mobilizam. Mas mesmo estes podem, além de votarem, conclamarem os outros fãs que estão quietos a fazerem o mesmo! É comum a gente ouvir de produtores, jornalistas, gente de radio, tv e internet uma expressão estupefata dizendo-nos “Não sabia que o Biquíni tinha esta força!”. De fato, não tem como saber, e nem saberão se não perceberem isto com os instrumentos que eles têm: as enquetes e votações! Portanto, querido fã, não deixe de votar, de participar, de fazer valer a sua vontade, ao invés de reclamar da vida, de se chatear com a ausência da banda nos programas que você gosta, na radio, na tv, não importa. Só quem sonha acordado vê o sol nascer!
ps: O mesmo vale para os que forem votar neste fim de semana no segundo turno. Participe e lute pelo que você acredita. E não deixe, depois de eleito o candidato, de cobrar - e muito! - todas as promessas que ele fez.
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2009 FESTIVAL DE VERÃO
O Festival do Verão
sábado, janeiro 31st, 2009
Em sua décima primeira edição, o Festival de Verão de Salvador já não precisa provar mais nada: é com certeza o maior do país e sinônimo da estação do ano mais concorrida do país. Fazer parte do seleto time que se apresenta a cada ano é um privilégio e tanto. Afinal, não importa o estilo: sertanejo, pagode, axé, forró, rock, mpb, todos tem vez! Se pensarmos que são vinte vagas apenas, a disputa é acirrada. Ser escolhido para abrir o Festival nos caiu como um grande presente e um enorme desafio. Eu e Coelho fomos antes. Passamos o dia anterior em divulgação pela cidade. O hotel, magnífico, ficava bem longe do centro, tornando cada saída para uma rádio ou programa uma longa viagem. Ao final do dia, estávamos exaustos e dormimos cedo. Nossa principal preocupação para o show foi, o tempo todo, frisar a todos os fãs que o show começaria pontualmente às oito da noite. Soube que o Los Hermanos tocaram cedo e, por conta dos enormes engarrafamentos para ir ao local, muita gente acabou perdendo o show deles ou apenas ouvindo pelo rádio do carro. Não queríamos isto para o nosso. Por isso mesmo, em cada programa, insistimos para que todos chegassem bem cedo.
A estratégia deu certo. O pátio não estava lotado mas a multidão que se aglomerava, por outro lado, era de fãs nossos. Por terem chegado mais cedo, se aglomeraram e fizeram um espetáculo à parte. Pensei depois, se tivésse tocado mais tarde, a galera da frente seria com certeza mais heterogênea. Às oito da noite, quem estava ali era 100% Biquini Cavadão!
Do outro lado, estávamos nós, tensos como principiantes. Isto porque até os últimos minutos antes de entrar no palco, não tínhamos certeza da possibilidade de usar as participações de Tico Santa Cruz e Claudia Leite no telão. O palco estava todo em 110 volts mas do lado de fora, era 220, e o nosso aparelho para disparar tudo estava justamente neste lugar, não havia um transformador que pudesse ser usado. Quem nos salvou foi Aloísio Legey, responsável por levar as imagens do festival para todo Brasil, que gentilmente chamou um técnico seu para nos salvar. Confesso que, mesmo assim, só respirei aliviado quando as duas participações aconteceram e entraram direitinho conosco. A de Claudia Leitte foi especial, pois ela teve seu filho Davi há pouquíssimos dias e foi ótimo dedicar a música ao mais novo membro da família. De certa forma, esta foi a maneira que Claudinha participou desta edição 2009, e ficamos felizes que tenha sido assim. Manno Góes, do Jammil, também fez uma participação em “Dani” (ele é co-autor da faixa conosco). Só que o Manno é o cara mais distraído do mundo e quando o chamamos, ele estava nos camarotes e correu meia música para poder participar da canção conosco. E lá foi o Coelho brincando com ele cantando “Dane-se o Manno, o Tuca e o Beto” hahahaha. Os fãs foram um capítulo à parte, com energia, emoção e aquele espírito “Biquini!” que só eles têm. Sair do palco aos gritos de “mais um, mais um” foi o melhor presente para uma estréia no festival. Resta agora ver se os organizadores entenderam que os pedidos de “mais um” não foram para “mais uma música”, e sim, para mais uma participação naquele que é hoje O FESTIVAL DO VERÃO.
2009.2 CAIS DOURADO
Eu Faço Cultura em Salvador e Maceió
sexta-feira, maio 1st, 2009
A Caixa Seguros criou um projeto muito especial: Eu Faço Cultura. Nele, pela primeira vez, a Lei de Incentivo À Cultura poderia ter deduções do Imposto de Renda de Pessoa Física. Os funcionários da Caixa investiriam em artistas, viabilizando shows para diversas cidades e tal como as empresas, poderiam abater este investimento de seu Imposto. No ano passado, isto tornou possível nossa ida a Bauru, Maringá, Porto Velho e Rio Branco. Neste ano, começamos com Salvador e Maceió. Como o projeto é auto-sustentável, a divulgação não é tão agressiva. Por outro lado, o show se torna bem mais intimista. Ainda assim, tivemos uma boa presença de fãs nas duas cidades. Muitos até souberam dos shows pelo próprio site do Biquini ou pela comunidade do Orkut. Viva a Internet!
Em Salvador, chegamos com comitê de recepção e tudo! Os Biquineiros nos aguardavam com muito carinho no aeroporto. Nós seguimos depois para o Hotel e tratei de descansar pois havia dormido muito pouco. O Cais Dourado foi o local. Muito aconchegante. Da última vez em que estivemos na cidade, foi no Festival de Verão. Ali, a festa foi para bem menos gente, mas com uma energia e astral de arrepiar. O show tem mudado a cada dia. Temos tocado várias músicas do 80 volume 2 e variamos conforme nossa vontade. Em No Mundo da Lua, chamei um cara para o palco. Mal sabia que já tinha chamado ele no Festival de Verão! Não costumo repetir os fãs que cantam. Acho que mais pessoas podem passar por esta experiência, mas eu realmente repeti o cara. É, minha memória está ficando complicada! Como costumo dizer, meu HD tá ficando cheio e acabo apagando algumas coisas sem querer. De todo modo, ele já sabendo o que fazer, comandou a galera com muita animação! Atendemos a todos nos camarins e segui para um bate papo com meu amigo Luisão ex-Penélope, agora Dois em Um, junto com sua mulher Fernanda. Foi uma ótima noite.
No dia seguinte era para tocarmos em Maceió no Pierre Chalita. Só que houve um mal entendido e o show teve que ser adiado para Domingo. Tivemos então um dia livre na cidade. Confesso que estava tão cansado que nada fiz. além de dormir e escrever no hotel, inclusive este post. que escrevo agora. No dia seguinte, a mesma coisa. Só saí do quarto às quatro da tarde. O show foi no mesmo lugar em que fizemos uma festa para a TV Record no ano passado. O palco baixo ajudava a nos aproximar ainda mais. Maceió mais uma vez nos deu mostra de seu carinho e é incrível como depois de passar vinte anos sem tocar na cidade, tenhamos voltado tantas vezes! Desta vez, o agradecimento vai principalmente para a galera da Caixa. Eles fazem cultura. Todos nós nesta noite fizemos história.
Valeu!
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2010 QUINTA DE CARNAVAL OUVINDO ROCK -BIQUINEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Chuva, suor e Salvador
domingo, março 7th, 2010
Viajamos dia 11 de Fevereiro para Salvador. Depois de recepcionados no aeroporto, fomos para o hotel Othon, onde nos apresentaríamos à noite no pré Carnaval baiano. Ruas interditadas, muitos blocos e trios elétricos prontos para atacar um dia antes do carnaval começar, assim é a Bahia. O dia inteiro, ficamos no hotel, até porque não teria como sair de lá sem um bom guia. Aproveitei para descansar bastante. Durante o dia todo, uma chuva ameaçava cair. Nuvens carregadas ladeavam a costa e o barulho dos trios elétricos batiam às portas e janelas de onde estava. Eram uma onze da noite quando nos reunimos no saguão do hotel e saímos para o local do show, a menos de cem metros dali. O vento aumentava e bastou chegarmos para atacar que a chuva chegou: forte, intensa, impiedosa. Uma turma de cinqüenta corajosos não arredava o pé de frente do palco e eles nos deram a força necessária para atacar. O palco estava coberto mas preferi cantar quase colado à grade, tomando chuva com todo mundo. Ao longo do show, tivemos convidados: Manno Góes tocou Dani conosco e arriscou um rebolation na guitarra, mas a galera vaiou e eu falei “de jeito algum” ;-). Em seguida, convidamos a cantora Jana Lima (cujo nome real é Janaína). Adivinhem que música ela cantou conosco? Bem conhecida na região de São Paulo, Jana soltou a voz na música. A chuva parou, voltou, foi um show complicado de se fazer, tecnicamente falando. Quando você canta em situações como esta, é como se a qualquer momento tudo pare de funcionar. Literalmente na corda bamba, ficamos felizes com o show, apesar de tantos problemas. Os fãs marcaram presença, superando dificuldades que incluíam inclusive o alto preço dos ingressos. Ao final, saímos a pé para pegar a van em direção ao aeroporto. Ela estava tão longe do hotel, que pareceu pra muita gente que estávamos seguindo o trio elétrico, que só não vai quem já morreu [:)]
ATÉ BREVE BC
A CASA É DE VCS!
VOLTEM SEMPREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
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